Nando Reis: lembranças de um ano atrás. Mudei tanto! Será a idade? Serão os tempos?
Independente dos meses, dos longos anos, do que foi e do que é. Trarei sim, como sempre, o seu souvenir da minha próxima viagem.
A caneca para o café, vício-adjetivo seu.
O bom é que restou alguma coisa, que ainda não entendemos. E que também não tem mais pretensão nenhuma de se transformar em outra coisa. Apenas, agora é assim.
O assim de "no final era isso."
Chegamos no final do livro. E como tivéssemos mergulhado na história, sabemos bem o que ela proporcionou. Viajamos no sonhado, um sonho de dois.
Foi tudo vivido demais. As saudades angustiantes, as vontades alucinadoras, o amor sorrido e chorado, a espera longa adiada e prolongada, por isso acabou.
Com a propriedade do fim, fechou-se um ciclo.
Escutei por demais a música que você era aos meus ouvidos. Na minha FM só tocava você. Hoje, conheço de cor, mas já não me remete a nada. Uma melodia saudosa!
Acho que saudade foi uma constante de algo que nunca aconteceu. Como se ter saudade de algo não vivido? Viver de saudades do que poderia ter sido e não foi!
Quando veio a ser, já não servia mais.
Assim como os produtos perecíveis, as paixões tem um prazo de validade. Se não usar, mofa, estraga e perece. E se fica um gosto de morangos mofados verdes, na boca.
Do que se restou aquele 'todo'? Ficou um nada, com lembranças. Findou-se um ciclo.
E tudo que se fecha porque chegou ao fim, não volta mais. Não existe 'mais' para se voltar.
Voltarei com o souvenir nas mãos, um cartão por onde passei, um sorriso aberto, e um carinho a quem a gente dedica a importância que já teve.
Ciclos me esperam para serem abertos. Novos! Coloridos! Com cheiro de roupa limpa!
Com o pé direito abro a porta do novo...
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