sábado, 11 de junho de 2011

Líquido, Sólido e Gasoso


Volúveis como água! Podemos ser tanto quanto. E nos fazermos em mais de três estados, do que o líquido, sólido e gasoso.

O amor é líquido, já disse Bauman. A felicidade também deve ser, escorre por entre nossos dedos sempre que a tentamos prender, não deixá-la ir embora.

Sólido mesmo é a dor que sufoca o coração, é a saudade que deixa marcas roxas pelo corpo,é o tropeção de uma decepção, é o amargo sólido de uma ilusão.

Gasoso é o estado que não se vê, é o sorriso que disfarça o óbvio, são as reticências que vão pelo ar como balões, é o cheiro da paixão no ambiente.

Nos fazemos em tais tantos estados transitórios entre esses... há um momento que quase é sólido, depois de ser líquido e se mostrar gasoso.
E o que fica dos momentos? Qual a parte sólida que levamos para depois? Na ordem antes de ser o gasoso precisa ser líquido, mas o líquido pode levar ao sólido e o sólido pode levar ao líquido.

Impasse! 

Querer o sólido aprisionado na sua forma ou o líquido que não se pode prender? Ah... ainda tem o gasoso, que não se vê, que não se toca que só se sente!

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