quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tempo, tempo, mano velho!


"Eu tenho medo do tempo. De quem ele leva, do que ele apaga e do que ele pode trazer."

Inegavelmente o tempo assusta, assim como traz confiança e sara. Como desprender o medo do tempo que passa diante dos nossos olhos, da esperança que se tem nele de que tudo ao seu próprio tempo e na melhor hora, de que ele solucione todos os contra-TEMPOS?

Amigos, lembranças, momentos, saudades. Ah, as saudades do tempo! Os cheiros, os gostos, as formas... o tempo levou! E como se num agrado vez-em-quando ele traz de volta, assim sem avisar, para relembra-lo, mostrar que ainda se vive tudo em algum lugar do tempo. Ah, o tempo da infância com seus cheiros doces pelo ar. E o cheiro da adolescência??!! Colorido em tons de vermelhos... O cheiro daquele trecho da estraga, hortelã entrando pela janela do carro, a nos fazer fechar os olhos e perturbar os cantos da boca com um sorriso de saudade!

"Tempo, tempo, mano velho, falta um tempo ainda eu sei. Pra você correr macio..."
Confiando nas badaladas do tempo, entrego meus destinos ao tempo rei! Que faz tudo do novo, velho no segundo seguinte! Um dia, será meu tempo para ter o que quis no tempo daquele querer. No tempo certo há de se chegar, há de se colher o plantado no tempo incerto.

Confio, mesmo com medo, confio no tempo. E coragem, há quem diga que é confiar mesmo tendo medo.

Dinha Gonçalves

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