Chega de tanto se doar em troca do "Ame, sem pedir nada em troca" ou "Amar é gratuito". Pode funcionar muito bem nos contos de fadas, ou na novela das 6h, nos amores épicos e platônicos das obras literárias. Na vida real precisamos receber de volta o amor ofertado. Precisamos ouvir o "Eu amo você também", depois daquele ofegante "Eu te Amo", necessitamos de provas para acreditar, de declarações, de demonstrações, de atitudes, de ações de carinho. O amado (a) não age com você com a recíproca equivalente com que você age para com ele (a). Quando isso não vem... admita você não é correspondida (o). Você se doa e ao seu encontro recebe um eco gritando "nada"...
Então siga o conselho dele, e assim como de ironia, comece a dedicar aquele amor, que se fez ultrapassado, a você. Junte-se aos seus. Ao seu amor próprio. Junte-se as suas coisinhas, as suas alegrias, ao seu prazer de se amar.
Recorte aquele "I LOVE YOU", que por acaso foi do cartão do último dia dos namorados, e cole no espelho. É pra você mesmo.
Depois de um amor esgotado, não se iluda, a pessoa trará até você com carinho nas lembranças mas não na vida. Daqui a algum tempo ele (a) amará novamente e tudo começará com o impulso e vitalidade do novo. Siga o compasso da vida. Vá em frente. Mesmo que seja só com você, se amando, se dedicando. Amores precisam ser vividos e encerrados, para que por entre eles a gente se ame muito mais do que as vezes amamos os outros.
Dinha Gonçalves
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